A ressaca da Copa do Mundo é nossa!

Por Átila Giovani

É desejo de muitos países sediar um grande evento esportivo como Copa do Mundo, mas esse sonho pode se transformar em um verdadeiro pesadelo, se os governantes não fizerem um excelente planejamento estratégico. A história nos mostra que alguns países como os Estados Unidos e a Espanha já foram bem sucedidos e tiveram receitas de ganhos econômicos, além de um ganho intangível para sua população como a recuperação de áreas degradadas da cidade, aumento da qualidade de vida e melhoria no sistema de transportes.

No Brasil, a coisa não começou bem. Houve um exagero de gastos e não de investimentos, e a consequência disso é que a população se revoltou e foi parar nas ruas para exigir padrão Fifa para os serviços públicos. Se nosso país fosse menos corrupto, a Copa seria excelente, pois melhoraria a infraestrutura das cidades sedes, e ainda geraria dinheiro por causa do turismo. Mas aqui foi gasto verdadeiras fortunas em estádios, e quase nada em infraestrutura.

Tudo isso gerou descontentamento na população. Sediar uma Copa do Mundo não despertou no brasileiro a vontade de consumir produtos verdes-amarelos. Lojistas e fabricantes de produtos alusivos à Copa do Mundo de 2014 reclamam da vendas. E apesar de toda esta crise, a Fifa ainda ameaça abrir ações contra qualquer empresas que tente explorar as marcas oficiais da Copa do Mundo sem autorização.

As cidades que não sediararão jogos, nem receberão seleções, serão poucas impactadas em sua economia. Ao contrário, terão prejuízos, pois terão que fechar suas portas durantes os jogos da seleção.Estima-se também que devido ao alto valor dos ingressos, poucos brasileiros terão condições reais de assistir a um jogo da Copa do Mundo.

Nesta copa algumas pessoas ganharão verdadeiras fortunas, enquanto que nós os brasileiros, que somos os donos da festa, ficaremos de fora. Vamos ter que pagar a conta e ainda suportar a ressaca por muito tempo.