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Do início ao fim

Depois de sua quarta edição, o Festival de Cinema Universitário Perro Loco pode chegar ao fim. Tendo suas comissões desfeitas, o projeto parece abandonado

Jéssica Cristina Ferreira Diogo

 

Após a quarta edição em 2010, que apesar do sucesso teve problemas na organização, deixando para trás grandes dívidas e rixas entre comissões, a realização do Perro Loco 5 é improvável. As comissões foram desfeitas e o projeto parece abandonado. Depois de tantas edições de sucesso, se equiparando aos melhores festivais de cinema universitário do pais o projeto parece ter chegado ao fim.

O Perro Loco nasceu da iniciativa de alunos, principalmente da área de comunicação da UFG. Com sua Primeira edição sendo realizada em 2007, com o tema “Identidade” e já com 170 filmes inscritos o festival já havia começado com sucesso e distribuindo personalidade. Promovendo discussões acerca da América Latina a partir da produção cinematográficas universitárias e abordando a diversidade através de atividades culturais, mini-cursos e oficinas oferecidas á comunidade universitária da UFG e a população em geral.

Já em sua segunda edição, o Perro Loco recebeu filmes de sete diferentes países latino americanos; incluindo Bolívia, Peru, Argentina, Cuba, Uruguai, Costa Rica e de vários estados brasileiros. Dessa vez discutindo o tema “Fronteiras” o festival exibiu cerca de 11 horas de projeção. Na terceira edição, em 2009, foram inscritos cerca de 214 filmes, dessa vez recebendo também a participação do Chile, Equador e Venezuela com o tema “Alegorias”. O Perro 3 recebeu figuras notórias do cinema brasileiro; a atriz e diretora Helena Ignez  e os diretoras Eliseu Visconti e Paulo Sacramento foram alguns destes.

Realizado por um coletivo de estudantes da UFG, O Perro Loco alcançou em 2010 sua quarta edição integrando pessoas de vários lugares do Brasil e da América Latina e promovendo intercâmbio de culturas e idéias. O festival utiliza o cinema, a música e a arte para difundir aspectos culturais incomuns nas comunidades, ao passo que propõe o debate sobre tais elementos.

O coletivo Perro Loco trabalha o ano todo, tanto para a constituição do próximo festival, quanto para a realização de mostras, que objetivam a difusão cultural. A principio como uma mostra de filmes goianos, que proporcionasse uma atividade capaz de modificar o cotidiano universitário o Perro cresceu se tornando um projeto de extensão que gera discussões sobre a América Latina por meio do cinema. O Perro Loco é realizado por um coletivo com 25 membros fixos, a maioria estudantes universitários da UFG, o que não impede a participação de estudantes de outras instituições ou pessoas sem ligação com a universidade. A organização do evento é fundamentada no sistema de comissões dividindo funções e responsabilidades. Entre elas estão a comissão de finanças, de cultura, de comunicação e várias outras. Segundo a aluna do curso de jornalismo Sara Luiza, integrante da comissão de logística essa divisão um dos fatores acabaram por acarretar o abandono do projeto. O sistema de comissões bastante eficiente para dividir os afazeres, não foi tão eficaz para definir com quem ficaria o poder de decisão, gerando brigas entre os integrantes. Além das rixas, outro fator preponderante foram as dívidas, até hoje pendentes deixadas pela quarta edição. Atualmente a sede do Perro Loco, uma sala situada no andar inferior da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia (Facomb) permanece trancada.

 

Fonte: FACOMB