O Samambaia é o maior campus da UFG e nele existem jovens com estilos próprios que fogem bastante dos padrões. Essas pessoas muitas vezes são estigmatizadas, mesmo em um espaço supostamente plural como a universidade pública.

Dentro do ambiente acadêmico, o preconceito e a discriminação atuam de maneira mais velada, através do olhar ou da falta de seriedade, ao menosprezar o conhecimento dos alunos, julgando-os à primeira vista, pela roupa. Nas ruas, porém, nomes pejorativos como "delinquentes" e "vagabundos" enchem as bocas de quem não suporta o diferente. Todos são xingamentos pautados por uma visão superficial embasada na maneira como esses estudantes se vestem.

Mas nem só de aparências vivem os seres humanos, e o modo de vestir, afinal, é um tipo de comunicação. Toda estética carrega consigo um discurso e um ato político. Portanto, visões de mundo e filosofias de vida. A roupa é mais do que um instrumento de beleza, ela é uma ferramenta simbólica de poder e manifestação cultural - independente se o indivíduo faz parte de uma subcultura ou não.

Reportagem criada para matéria de Jornalismo em TV I da Faculdade de Informação e Comunicação.

Orientação: Fernanda Ribeiro.
Autoria: Piter Salvatore.