A decadência do futebol pentacampeão
O Brasil antes ensinava. Agora, tenta aprender
Por Hygor Ferreira
O Brasil que era considerado por muitos um celeiro de craques, o conhecido “país do futebol” vem passando por um momento turbulento. A sua liga nacional, que era considerada uma das melhores do mundo, principalmente pelo equilíbrio, vem sofrendo com escândalos, com jogadas políticas, além de um nível técnico muito abaixo da crítica.
Os times brasileiros, que anos atrás eram capazes de enfrentar gigantes do futebol Europeu de igual para igual, caso do São Paulo em 2005 contra o Liverpool e do Inter em 2006 contra o Barcelona. Hoje, eles estão fazendo papeis ridículos contras esses clubes grandes e até com clubes menores. Um exemplo disso, foi o Atlético Mineiro que no ano passado, no Mundial, foi eliminado para o modesto Raja Casablanca.
Nosso futebol está deixando a desejar até mesmo aqui no continente. O Brasil que vinha dominando a Libertadores nos últimos anos, nessa temporada não conseguiu nem chegar às semifinais. O melhor brasileiro na competição foi o Cruzeiro, que é um dos melhores times do país nos dias de hoje. A equipe foi eliminada nas quartas de final. Isso mostra a deficiência do nosso futebol, que já vem ocorrendo há alguns anos. Um exemplo disso foi o Santos, de Neymar, em 2011, quando tomou um chocolate do Barcelona, e mostrou o quanto o nosso futebol precisa evoluir.
Além da liga brasileira, outro fator que não vem agradando é a seleção. Um time que já teve Pelé, Garrincha, Zico, Sócrates, Ronaldo, Romário, hoje tem apenas um jogador que se pode dizer que desequilibra na seleção brasileira, o Neymar. Mas o jogador do Barcelona ainda é jovem, e talvez ainda necessite amadurecer um pouco mais. Além disso, ele ainda está um degrau abaixo de outros jogadores, como Messi e Cristiano Ronaldo.
A Seleção também é muito criticada pelo modo de jogar, que muitas vezes é mais defensivo e sem muita técnica de alguns jogadores, diferentemente de outras seleções brasileiras de tempos atrás. Desses times o mais lembrado é o de 82, que mesmo sem levar o título da Copa do Mundo, encheu os olhos dos torcedores. Outra equipe também lembrada é a de 70, que além de jogar bonito, ainda foi campeã.
Com tudo isso, vemos a decadência de um futebol que já foi copiado por muitos, e que hoje tenta copiar. Isso não é demérito. Como dizia Armando Nogueira, “Copiar o bom é melhor que inventar o ruim". Essa frase se encaixa muito bem para nós, porque é melhor a gente procurar melhorar se espelhando nos outros que estão dando certo, do que ficarmos achando que ainda somos nós que ditamos o ritmo do futebol mundial.
Fonte: FIC