Serra Dourada às moscas, a culpa é da diretoria

Performance do Goiás não justifica valor do ingresso

Por Álvaro de Castro

O Goiás não jogava em Goiânia desde o dia 16 de abril. O empate em 0 a 0 diante do Botafogo da Paraíba, resultou na desclassificação do verdão na Copa do Brasil. De lá para cá, o clube esmeraldino começou a disputar o Brasileirão, mas devido a uma punição do Campeonato do ano passado, o Goiás fez suas primeiras partidas longe de casa. Após um bom inicio e a terceira colocação momentânea, a esperança dos torcedores começa a ressurgir. Entretanto, na última segunda-feira, 19 de maio, a diretoria esmeraldina apunhala seu torcedor pelas costas, mais uma vez.

Com 50 reais a arquibancada, e 80 reais as cadeiras, não há promoção que faça o torcedor ir ao estádio. É surreal imaginar que após apenas cinco rodadas, com um time que todos sabem ser mediano, em um campeonato com um nível técnico horrível, esses preços sejam praticados pela diretoria do Goiás. Nenhum tipo de explicação se faz plausível diante dessa atitude. Essa era a hora do ingresso girar em torno de 10 reais, no máximo. E assim, o torcedor abraçasse o time nesse bom momento do campeonato, o que, tristemente, não foi feito.

Não serve como desculpa que esse preço é praticado para forçar o torcedor a ser sócio do clube. isso seria pior ainda. A falência do futebol, o torcedor sendo tratado como objeto, um reles produto. Os profissionais do clube estão lá para pensar em medidas para gerar receitas. Fazendo com que os preços fossem menores.

Na próxima quinta-feira, dia 22 de maio, o Goiás entra em campo para a partida diante do Santos, após mais de um mês sem jogar no Serra Dourada. Faço uma aposta. Podem cobrar depois do jogo. Nas arquibancadas do principal estádio goiano, não haverá mais que sete mil pessoas acompanhando o seu time. E todo esse desprestígio que o time teoricamente vai sofrer ao ver as arquibancadas vazias, tem apenas um culpado. Esse é a diretoria do Goiás Esporte Clube que, parada no tempo, ainda acha que o Goiás é o clube da chamada "elite" goiana. Pobres cartolas.

Fonte: FIC