Técnicos Administrativos dos IFG's parados

Apoio desses servidores fortalece o movimento grevista dos Técnicos Administrativos em Educação do Estado Goiás

Por Álvaro Castro

A greve do SINT IFESgo de 2014 conta com o apoio do técnicos administrativos de diversos institutos federais do estado de Goiás, ao todo cinco ifes já aderiram ao movimento, além da reitoria do IFG, situada em Goiânia. Os campi de Anápolis, Aparecida de Goiânia, Cidade de Goiás, Uruaçu e Inhumas estão com os serviços dos técnicos administrativos paralisados.


Outros Campi também se programam para a adesão ao movimento grevista. Os de Formosa e Goiânia devem se incorporar ao movimento de luta, porém representados por outra entidade. Os técnicos da Reitoria do IFG, também acompanham a greve por outro grupo.


Segundo o vice coordenador de Saúde do Trabalhador do SINT IFESgo e diretor do Comando Local de Greve, João Pires Júnior, após a deflagração da greve, no dia 17 de março, diversas reuniões com a cúpula da reitoria do IFG tem acontecido semanalmente. Ao todo três encontros já foram realizados na sede do IFG, situada na avenida Assis Chateaubriand, em Goiânia. Reuniões com as direções locais de cada unidade também ocorrem todas as semanas, com os representantes do Comando Local de Greve.


Entre as pautas específicas dos IFG’s estão as melhores condições de trabalho, a democratização das tomadas de decisão sobre a instituição, ampliação do quadro de  técnico-administrativos  conforme as necessidades de cada campi, respeito à carga horária definida e quando extrapolar garantir pagamento de hora extra, entre outras. As pautas gerais da categoria também são apoiadas, como o reajuste salarial da classe e o cumprimento dos acordos estabelecidos com o governo na greve de 2012.


Diversas atividades são realizadas diariamente nos institutos participantes da luta dos técnicos administrativos em educação. As movimentações locais visam a conscientização não só da comunidade acadêmica, mas também de toda a população de suas sedes. Em Anápolis, o bloqueio de vias próximas ao campus teve grande repercussão na imprensa local. E a entrega de informes e o diálogo com a comunidade universitária também tem sido intensificado. Movimentos semelhantes acontecem em Aparecida de Goiânia, como a recepção de alunos e funcionários para informes e divulgação da greve, além de atos nas ruas da cidade.


Inhumas e Cidade de Goiás focam seus esforços na divulgação entre os estudantes, professores e funcionários. Em Uruaçu, o campus que mais recentemente aderiu ao movimento de greve, reuniões periódicas entre os TAE’s, representantes do SINT IFESgo e do Comando Local de Greve dão inicio às movimentações de luta na cidade. Segundo João Pires, "Com a entrada de várias unidades dos IFG's no movimento grevista, a tendência é de que outros institutos comecem a se organizar".


A entrada massiva dos técnicos administrativos de diversas unidades dos IFG’s, trazem uma nova perspectiva ao movimento de luta dos servidores federais. Com vários campi criados nos últimos anos, a grande maioria dos técnicos administrativos aprovados nos concursos dos IFG são de faixa etária baixa e com maior qualificação acadêmica. Isso não só renova a luta deles, como também gera novas perspectivas de direitos aos servidores. Provas disso, são as pautas específicas que reivindicam 10% das vagas de especialização dos IFG’s para técnicos administrativos e o direito de licença para qualificação, inclusive para aqueles em estágio probatório.