Jornalismo Esportivo

 Jornalismo Esportivo 

 Por Giuliane Nascimento


“Você tem que estar ligado o tempo todo”. Assim é caracterizada a profissão de jornalista esportivo segundo Cláudio Silvério, 41, apresentador do programa Record Goiás. Para ele, o campo é diferente de tudo que se faz no jornalismo, pois envolve, ao mesmo tempo, adrenalina e lazer. E alerta: o cansaço já virou rotina! 

O jornalista formado na UFG em 1992, tem passagens pela extinta rádio Clube, rádio Difusora, TV Goiânia e TV Brasil Central. Para o profissional, o que é notícia agora no esporte, dentro de instantes já não é mais. Por isso, a necessidade de estar sempre atento ao que acontece. “Leio bastante, fico ligado aos colegas de rádio e plugado o tempo todo na internet”, afirma Cláudio.

Diferencial

 

A ocupação, que une lazer ao profissionalismo, proporciona um contato íntimo com o emocional. Para tanto, é necessário que o estudante interessado em seguir carreira aprecie o campo, assim como o apresentador. “Sou apaixonado pelo que faço e não me vejo exercendo outra área no jornalismo senão essa”, confessa.  

Abrir mão dos fins de semana e feriados também é uma condição exigida na profissão. A maioria dos eventos acontece nesses períodos e o jornalista tem que dedicar-se a eles. “Almoço de domingo com a família é raro”, diz.

Diploma

 

Quanto à prática do jornalismo esportivo por parte daqueles que não são formados no curso, Cláudio alega: “Infelizmente é um prática comum no Brasil. No meio esportivo eles são maioria. Sinceramente eu sou contra, e acho que nossa classe seria mais valorizada se apenas jornalistas formados pudessem exercer a profissão”.

De acordo com o apresentador, o incentivo deve partir, principalmente, das emissoras, contratando quem, de fato, estudou para isso. Cláudio vê no emprego dos não-profissionais uma desvalorização no ramo comunicativo esportivo. Embora muitos possuam uma vinculação inegável com o público, o diploma deve sempre contar mais na visão do jornalista.

Fonte: Facomb