Vandalismo e violência nas escolas
Instituições de ensino tornaram-se perigosos. Alunos são os principais agressores
Por: Bárbara Zaiden e Thamara Fagury
Um dos acontecimentos que têm ocorrido com frequência e assustando os moradores do estado de Goiás são os arrombamentos às escolas e desrespeito para com professores. Só no mês de outubro já foram três casos de jovens que, por algum motivo, assaltaram escolas e creches, lugares que deveriam garantir proteção e ensino às crianças.
A primeira pergunta que nos fazemos diante dos fatos é sobre a segurança das escolas públicas, principalmente. Muitas são antigas e a própria infraestrutura do lugar não garante total segurança. De acordo com Geovana Reis, professora da Faculdade de Educação, há controvérsias em relação a contratar uma pessoa para garantir a segurança dos colégios. “Muitos dizem que o espaço da escola não deve ser lugar de guardas e vigilantes armados, já que é um espaço de educação, com crianças”. Estamos vivendo um novo contexto no ensino. Crianças levando armas para os colégios, jovens botando fogo em salas de aula, materiais de sala degradados e descaso com a educação. Mas, segundo Geovana Reis, não é colocando policiais na frente de escolas que essas situações vão acabar, podem até agravar.
Já são antigos os relatos de escolas de determinadas regiões do estado que sofrem mais ou menos algum tipo de degradação por parte das comunidades. “É claro que quando a gente chega na escola e a encontra depredada, isso tem um certo impacto não só nos alunos e profissionais, mas a própria comunidade como um todo”, afirma Geovana Reis. Mas existem iniciativas que visam isam mudar esse contexto. Moradores, assim como o Estado, estão procurando aproximar as escolas da comunidade dos bairros. A partir disso, se tem constatado que as degradações estão diminuindo, já que a própria comunidade se sente responsável pelo estabelecimento e o protege.
É preciso estudar cada caso em seu particular. A partir de então se espera que gestores da área de educação, tanto quem tá na Secretaria de Educação, quanto diretores de escolas, averiguem os casos e procurem políticas que amenizam todo esse descaso com o local de ensino, enfatiza Geovana Reis.
Fonte: Facomb