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Caos premeditado

A cada mês, mais de 7 mil veículos entram em circulação em Goiânia, fazendo com que o trânsito da capital se torne cada vez mais complicado

Weverthon Dias

 

Nos últimos anos, o número de veículos em  Goiânia tem aumentado de maneira significante. Segundo um recente levantamento divulgado pelo Departamento Nacional de Trânsito em 2010, o número de veículos na capital ultrapassa a marca dos 900 mil.

Um fator que influencia diretamente neste aumento no número de veículos em Goiânia, é a facilidade de crédito oferecido pelas concessionárias. Este fator dá a oportunidade para que pessoas que nunca tiveram condições de comprar um automóvel consigam obter seu primeiro veículo. Com isso a estimativa é que até a metade de 2011 a cidade tenha atingido cerca de 1 milhão de veículos em circulação.

Devido a este grande acúmulo de carros na cidade, o trânsito em alguns locais fica cada vez pior, principalmente em horários de pico. Para diminuir o fluxo de automóveis em alguns lugares específicos , a  Agência Municipal de Trânsito (AMT), tem estudado algumas medidas.

No meio do no passado, o Governador do Estado de Goiás, Alcides Rodrigues e o Prefeito de Goiânia, Paulo Garcia se reuniram para discutir uma solução imediata para a situação alarmante do trânsito da capital. A partir deste  encontro foi traçado um plano emergencial para tentar resolver as principais deficiências do trânsito na cidade.

Colocando em prática este plano, as autoridades começaram a trabalhar para resolver a situação. Segundo o presidente da AMT, Miguel Tiago da Silva, algumas mudanças de 2009  já trouxeram um resultado positivo para a população. O presidente aponta como exemplo as mudanças ao longo da Avenida T-63 , onde várias rotatórias foram substituídas por semáforos, a extinção de semáforos de três tempos nos cruzamentos ao longo da avenida, restrição de carga e descarga por horário, entre outras medidas tomadas pelas Agência.

Miguel Tiago ainda declarou que o trânsito da capital precisa ser pensado de forma geral,e que a responsabilidade pelo trânsito não se encontra apenas a cargo da AMT. Segundo ele falta ainda conscientização do motorista goiano em relação ao trânsito. O presidente defende a ideia do Transporte Solidário, em que pessoas que vão para uma mesma direção dividem um mesmo veículo, ao invés de irem em veículos diferentes.

           

Outros Problemas

Segundo o usuário Neydiwan Ferreira da Silva, os problemas do trânsito em Goiânia seriam menores se o transporte público  tivesse uma melhor qualidade. Ele afirma que em várias cidades da Europa as pessoas deixam de utilizar os carros para usar o transporte público porque este oferece uma qualidade adequada. A ideia é defendida também pelo presidente da AMT, que afirma que as pessoas só vão preferir usar o trasporte público quando este for mais rápido e melhor que os veículos particulares.

Estudiosos afirmaram recentemente que a única solução apresentada para o trânsito da capital daqui a poucos anos será a mesma aplicada na cidade de São Paulo, onde é realizado um rodízio de carros de acordo com o dia da semana. Eles também afirmam que Goiânia  foi planejada inicialmente para 50 mil  pessoas  e por isso a estrutura de suas ruas e avenidas não suporta mais a quantidade de carros que a capital tem hoje, com cerca de aproximadamente 1 milhão de 200 mil pessoas.

Fonte: FACOMB