Dúvida cruel
Por Brunno Falcão
A incerteza da carreira sempre assustou, e continua a aterrorizar os estudantes. Influenciados por amigos, familiares, colegas e professores, eles tedem a escolher alguns cursos que nem sempre coincidem com aqueles que acham melhores. Outras vezes, nem mesmo sabem do que gostam, e não são os principais culpados por isso. Apoio das instituições de ensino podem ajudar nesse momento crucial.
Até mesmo aqueles que já começaram os seus cursos podem mudar de ideia. Wanessa Araújo, 19, que cursou parte do curso de Letras na Universidade Federal de Goiás, recentemente trancou sua matrícula, e optou por uma nova prova de vestibular, para um novo curso, e ainda assim, não está confiante de que sua atual escolha é a certa. “Ainda não sei o que agrada”, afirma.
Apoio
Wanessa, como grande parte dos alunos do Ensino Médio, enfrentou suas dúvidas na hora de escolher que curso que gostaria de cursar. A estudante diz que não teve muita ajuda do seu colégio nessa hora, e acredita que eles poderiam e deveriam ter ajudado: “Poderiam ter levado as profissões para dentro do colégio; oferecido palestras com profissionais de diversas áreas para que eles falassem sobre o assunto, por exemplo”.
Mas, para ela, esse não é o principal objetivo dos colégios. O que eles procuram, segundo ela, é publicidade: “os colégios só estão preocupados com a aprovação, e com a publicidade que ela trará. Se for em Medicina ou Direito, ótimo! Se não, que aprove em qualquer coisa”. A estudante diz ainda, que a família, os amigos, e a questão financeira exercem uma grande influência, quando surgem novas dúvidas que podem atrapalhar ainda mais a já difícil missão do estudante.
Resultado
Wanessa sofreu com tudo isso. Sem o apoio que acha que deveria ter recebido do colégio, sob influências de amigos e familiares, e pela questão financeira, pensou em cursar Direito, mas desistiu: “hoje eu vejo o Direito como algo pra quem não tem outras opções”. Decidiu cursar Letras, mas depois de cerca de quatro períodos, resolveu trancar sua matrícula e mudar de curso, através de uma nova prova de vestibular. Agora, tentará Design de Interiores.
Estudando em casa, por conta própria, e não muito confiante em sua aprovação, também não tem certeza de que dessa vez, acertou na escolha do curso. “Eu não espero muita coisa de nenhum curso, por enquanto. Ainda não sei o que agrada”, diz a estudante,. Caso não seja aprovada, talvez curse História, ou continue com a ideia de Design de Interiores, mas em uma universidade particular, dessa vez.
Fonte: Facomb