Alemã em Goiânia
Por Renan Nogueira
Birke Kruppert, estudante de jornalismo, veio para o Brasil no meio desse ano a fim de passar um semestre de estudos na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia. Não é a primeira vez que ela desembarca por aqui. Quando estava no Ensino Médio, ela ficou uma temporada em Mato Grosso do Sul. Agora, Goiânia foi escolhida entre cidades como Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e São Paulo.
Birke diz que da primeira vez poderia ter ido para os Estados Unidos, Bolívia ou Brasil. Como os Estados Unidos não despertavam o interesse dela, e a Bolívia não tem praia, o solo brasileiro foi selecionado. Ela ainda fala que não sabia nada sobre o país antes de vir. Na Alemanha só se comentava sobre caipirinha, samba, e até informações preconceituosas, como: todos dançando nas ruas e que ninguém trabalhava por aqui.
Impressões sobre o Brasil
Birke diz que só voltou para o Brasil porque gostou muito e sentia saudades. Ela diz que são muitas coisas diferentes entre Brasil e Alemanha. No começo, ela fala que não estava muito feliz, por não conhecer ninguém e por ser a cidade muito grande. Pelo fato de tudo ser muito longe, ela acha que o transporte deveria ser melhor. "Tem poucos ônibus pra muitas pessoas", diz Birke.
Ela não gostou da inveja e dos ciúmes dos brasileiros, principalmente das mulheres. A alemã diz que, quando anda na rua, todos olham pra ela por causa de seus olhos, por ser alta e branca, mas ninguém procura conhecê-la realmente. Mas ela acredita que, nesse caso, não seja por preconceito.
A Universidade
Um dos motivos de Birke ter escolhido Goiânia foi pela boa relação da UFG com sua faculdade na Alemanha. Ela ainda diz que ouviu falar bem da FACOMB (Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia). Diz que não pode comparar muito, pois não conhece outra Universidade no Brasil. Entretanto, ela fala que é um pouco pior que na Alemanha. "Lá as coisas são mais modernas".
Se ela desse nota 10,0 pra sua faculdade na Alemanha, a UFG receberia 6,0 ou 7,0. "Aqui todo mundo chega tarde, até o professor". Birke diz que alguns professores não têm tanto o que falar em três horas, então a aula se torna chata quando ele repete durante as duas últimas horas. E ela termina falando da falta de estrutura da FACOMB. "Aqui não tem câmera, as baterias das câmeras não funcionam. As coisas não funcionam muito bem como na minha faculdade na Alemanha, que é pública".
Source: Facomb