Cresce o serviço de táxi aéreo em Goiás

Procura por rapidez e conforto faz com que os vôos convencionais se tornem segunda opção

Por João Victor Guedes

A procura do cliente por flexibilidade de horários fez com que um novo segmento aeronáutico ganhasse força nos dias de hoje: o táxi-aéreo. Goiás, por sua localização geográfica, tornou-se centro de grandes empresas do ramo.

De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o número de passageiros aumentou cerca de 67% entre 2005 e 2010. Atualmente, o baixo preço das passagens favorece o crescimento da aviação comercial.

O táxi-aéreo assemelha-se a um taxi convencional. Porém, não só a distância será avaliada. O modelo da aeronave, os serviços oferecidos e o tempo em que o avião estiver fora do hangar são pontos importantes a serem analisados na hora do pagamento. De acordo com a gerente comercial da Sete Linhas Aéreas – empresa especialista no ramo – Bruna Macedo, o público que utiliza esse serviço é das classes A e B. Empresários, fazendeiros e políticos são os que mais pagam por voar pela Sete.

 Benefícios

De acordo com Bruna, o passageiro busca no táxi aéreo flexibilidade de horário e rapidez. ‘’O taxi te leva pra qualquer lugar, a qualquer hora. O passageiro pede o vôo a hora que ele quiser e embarca. Nas linhas convencionais não. O vôo tem hora para sair e para chegar. ’’

A gerente ainda destaca o fato dói conforto de se voar sozinho. No táxi não há a preocupação com outro passageiro. Você paga por um avião e leva quem você quiser. O passageiro escolhe os serviços, como alimentação e serviço de vôo.

Com o passar dos anos, o mercado aéreo foi ficando saturado e o passageiro mais exigente. Buscando segurança, comodidade e exclusividade, o cliente percebeu que, se pagasse mais e tivesse um vôo exclusivo, a rapidez de voar se tornaria muito mais prazerosa.

Infraestrutura

A falta de infraestrutura é um grave empecilho que o ramo da aviação enfrenta. A maioria dos aeroportos não suporta a demanda necessária. O Santa Genoveva, por exemplo, é um dos que figuram entre os piores do Brasil. Não há vagas de estacionamento, lanchonetes e hangares para os aviões.

Bruna Macedo explica que essa carência de estrutura impossibilita o crescimento da empresa. Ela cita o exemplo da cidade de Redenção, no Pará, onde a pista de pouso não suportou mais o tamanho dos aviões da Sete. A empresa goiana tentou fechar um acordo com a prefeitura da cidade, em vão. A solução foi cancelar o vôo para o destino paraense.

Antigamente voar era para rico. Mas hoje a situação é outra. H á destinos que a passagem de avião é, às vezes, mais barata que a de ônibus, conclui.

Fonte: Facomb