Estudantes da UFG representam Goiás no XX Congresso Acadêmico de Defesa Nacional

Estudantes da FIC/UFG são selecionadas para participar de evento com auxílio da Escola Superior de Defesa

Graduandas tiveram artigo classificado em 5º lugar na colocação nacional

Entre os dias 25 e 29 de agosto, na AMAN em Resende (RJ), as estudantes de Jornalismo, Júlia Ayumi e Letícia Carvalho, e a estudante de Ciências Sociais, Letícia Sued, participaram do XX Congresso Acadêmico de Defesa Nacional (CADN), apresentando um trabalho com o tema “Dados e Poder: O papel estratégico do domínio tecnológico informacional no contexto de conflitos digitais”. Orientadas pelo prof. doutorando André Luiz Cançado, então professor substituto do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Goiás (UFG), o artigo foi submetido ainda em março e passou por uma avaliação entre pares para determinar o êxito para a participação no congresso, que estimula o debate entre a sociedade acadêmica civil e militar sobre o assunto da defesa nacional. O trabalho ficou em quinto lugar na classificação nacional. 

Estudantes da UFG representam Goiás no XX Congresso Acadêmico de Defesa Nacional
Da esquerda para a direita: Júlia Ayumi, Letícia Sued e Letícia Carvalho

 

O objetivo principal do artigo é reforçar a importância das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s), principalmente as redes sociais, como ambiente de conflito emergente, no qual a informação é um ativo importante e a soberania nacional deve ser estimulada. A ideia central é promover uma tecnologia de antecipação, que possa cuidar dos dados sensíveis dos usuários gerados a cada interação digital, e que seja tratada em um tripé de participação estatal/militar, civil/acadêmica e privada/corporativa. 

Para além do debate acadêmico, as estudantes tiveram a oportunidade de conhecer uma instituição de ensino militar, compreendendo sobre as dinâmicas culturais e sociais, participando de trocas de perspectivas com os cadetes, que estão em formação também acadêmica, e, por fim, puderam ampliar a visão de mundo acerca do exército. “percebi claramente que a cultura organizacional do exército está mudando. Os valores, os ideais, me parece que não há mais espaço para o preconceito sobre uma estrutura cruel e extremamente rígida. Vi que, cada vez mais, o exército se torna humanizado e pude fazer, inclusive, boas amizades.”, declara a estudante Letícia Carvalho.

Já para estudante Letícia Sued, a possibilidade de participação por custeio integral abre espaço para a participação de diversas áreas de conhecimento nesse debate sobre defesa nacional pelas esferas civil, militar e estatal. “Eu percebi a abertura dos cadetes ou graduandos da academia do exército para apresentar a estrutura e tirar dúvidas a respeito de tudo.” A experiência vivida pelas estudantes representa um avanço para a integração de outras áreas de conhecimento, que não as Relações Internacionais, em um congresso que possibilita a discussão de perspectivas futuras da nação e acaba por, indiretamente, demonstrando que o fim último do exército não é a guerra, mas sim o relacionamento com a sociedade.

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