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Judocas goianos sofrem com baixo investimento público no esporte

Equipes enfrentam falta de apoio das prefeituras para participar de campeonatos

Atletas do judô goiano enfrentam problemas com o município para confirmar a presença no Campeonato Brasileiro sub-15.

Líderes municipais de todo o estado subordinam professores e alunos a dificuldades na manutenção do ensino dos esportes. a ausência e demora na resposta perante às necessidades financeiras e burocráticas de projetos e instituições, tornam a competição entre outros estados desigual durante campeonatos.

O orçamento disponibilizado para a área esportiva proposta pelo governo atual equivale a apenas 37% do que foi disponibilizado em 2014, ano da última Copa do Mundo no Brasil. São apenas 600 milhões para todo o “país do futebol”. Apesar de fraco, mas existente, o orçamento aprovado pelo Ministério do Esporte acaba sendo menos investido e distribuído pelas secretarias municipais de todo o estado de Goiás.

Quirinópolis, Anápolis e Aragoiânia são exemplos de cidades que não possuem secretarias municipais específicas para o esporte, diferentemente da capital, e dependem das superintendências (subáreas das secretarias). Sem secretarias municipais esportivas, as demandas da área acabam sendo atendidas como segunda opção, ou mesmo última, ao serem associadas no papel às áreas de cultura, turismo, educação e trabalho, menosprezando a área do esporte. O prefeito da cidade de Quirinópolis justificou essa ausência num comunicado extraoficial como “ingerência de quem esteve à frente”.

Na visão de educadora, a professora de judô do projeto “Esporte Para Todos”, Suelen Mendes, descreveu a escassez do investimento no esporte goiano como mais um descaso com os alunos e professores por parte de quem tem a “a caneta para assinar”. “Os nossos meninos querem chegar ao topo, mas com o que a gente pode oferecer, que é o mínimo, o máximo que podemos chegar é onde eles estão hoje”, afirma a profissional.

Apesar da relevância da participação em campeonatos, atletas goianos acabam por tentar se destacar em outros estados, que não o de sua origem, para crescer no esporte, tendo em vista que não há, no judô, por exemplo, equipes de ponta (multifuncionais com profissionais de nutrição, psicologia, fisioterapia).

Por mais que a educação seja um facilitador e apaziguador de outras áreas de investimento (como saúde e segurança pública), o governo do município, no âmbito goiano, permanece inferiorizando o proposto pelo Ministério do Esporte.

Em julho ocorreu o campeonato brasileiro sub-18 de judô, em que apenas 18 atletas do estado de Goiás foram classificados. Arthur Francisco, um dos selecionados goianos, que faz parte de projetos de auxílio público no esporte, relacionou a competição mais esperada do ano como um divisor de águas para a inserção no esporte internacional, uma vez que classificados, os judoístas passam para o panamericano.Além do prestígio nacional, o destaque na competição possibilita a conquista do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual de atletas.

Apesar de entregue o calendário no início do ano com todas as demandas, a resposta das prefeituras chega com atraso para os educadores. Apesar dessa demora, os alunos goianosobtiveram o retorno que possibilitou a ida ao campeonato brasileiro.

 

 

Nicolly Fernandes

 

Source: Estudante de Jornalismo Turma 58, Nicolly Fernandes. Notícia produzida para a disciplina Produção de Texto Jornalístico 1, ministrada pela docente Mariza Fernandes.

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